Friday 29 May 2009

Gonçalo

Crepúsculo – 1h17

“Tenta os canais de emergência...” Disse Francsico. Crepúsculo perdera o contacto com os quatro agentes e Francisco quase suava com a pressão. Já passara pior, mas ele sabia que a noite estava longe de terminar. Retirou o auricular do ouvido e saiu disparado da sala de operações. Caminhava rapidamente para chegar a um gabinete ao fundo do corredor. Bateu à porta, mas não esperou para receber ordem de entrar. Entrou e encontrou um homem sentado à frente da sua secretária.
“Chefe!?” disse o homem surpreendido. “Ainda não tenho novidades sobre o caso das flores.”
Francisco levantara a mão para o homem se calar.
“Perdemos contacto com a Margarida e a sua equipa. Estavam no ministério da defesa a investigar uma serie de ataques informáticos que têm como ponto de origem o próprio ministério. Gonçalo, preciso que vás à casa de Thunderclap e o tragas aqui.” Francisco precipitou-se ao achar que este caso não envolvi nenhuma situação paranormal, mas em breve teria certezas da dimensão do caso.
Gonçalo retirou os óculos de armação preta. Ficavam-lhe bem, mas parecia mais velho. Tinha 1m80, e não tinha um corpo escultural, mas enquanto membro da PJ fez um excelente trabalho, e daí que o crepúsculo recrutara alguém ainda novo com experiência noutras forças de segurança. O crepúsculo nunca tinha staff suficiente, mas pelo menos os ordenados compensavam todos os dessasossegos do trabalho.
Gonçalo levou a mão à cara. Estava nervoso. “Eu não sei se conseguirei trazer o thunderclap aqui. A única vez que o vi... digamos que me assustei com a atitude dele.”
“Desculpas é a última coisa que quero ouvir agora!” Disse Francisco num tom áspero e autoritário. A verdade é que para além de Margarida e do próprio Francisco, ninguém do crepúsculo tinha ganho a confiança de Thunderclap.
Francisco dirigiu-se para a mesa oposta a Gonçalo. Era a mesa de Margarida. Gonçalo, estava a ser supervisionado por ela dado que era um recruta muito recente e tinha que dar muito de si se quisesse efectivar o seu lugar como agente
Francisco abriu um dossiê, fechou-o, e deu-o ao Gonçalo. Leva isto. Ajudar-te-a. Saiu do gabinente aborrecido.
Gonçalo abriu o dossiê e também o fechou. Pegou nas chaves, vestiu o blazer e tava de saída.

Thursday 28 May 2009

MOD Offices part II

Estas situações eram sempre demasiado rápidas e era extremamente fácil perder o controlo de tudo. O agente ainda gritou ‘alto!’ ao entrar. Margarida entrou tão rapidamente que se houvesse alguém armado teria disparado e matado os dois. Ninguém se encontrava no escritório, nem no anexo. Mas o PC estava ligado.
A verdade é que o escritório para além de um PC e do mobiliário do quarto, não apresentava grandes sinais de estar a ser ocupado.
“A quem pertence este gabinete?” Margarida perguntou ao Francisco. “Para além de um PC não tem sinais de ser ocupado.”
Francisco respondeu “até ontem foi ocupado por um tal de Paulo Afonso, promovido a semana passada para braço direito da primeira ministra.”
“hmm... Essa história parece-me estranha. Qual era o papel dele aqui no ministério?” disse Margarida com uma voz céptica, observando tudo o que lhe rodeava.
“Não é claro. Mas já temos um analista a fazer um dossiê sob Paulo e todas as suas actividades e contactos nos últimos anos.” Respondeu Francisco que sussurrava uma ordem a um analista.
Margarida aproximou-se do PC e retirou uma memory drive do bolso do casaco. “vou ligar a drive a fazer uma cópia do disco duro.” Ao tocar no rato havia um programa desconhecido a funcionar. Maximizou mas a janela, mas esta não apresentava informação. Só uma barra de progressão que chegava ao fim e reiniciava. Começou a pesquisar palavras chave que associasse algum ficheiro do PC aos inimigos standard de crepúsculo. Ao introduzir as letras GD, vários ficheiros surgiram.
“Encontrei algo!” informou Margarida que tentou abrir os documentos, mas estavam protegidos com palavra passe.
“Os ficheiros estão encryptados!” depois de vários segundos sem resposta “Francisco!?” disse. Nada. Foi nesse momento que um barulho ensurdecedor obrigou que margarida retirasse o patch que encaixava na orelha esquerda e cobria o olho com uma lente colorida. A de margarida era verde, mas não era cor única.
O monitor sem mais mudou de cor. Margarida retirou a Mem drive. Longe de ter a cópia do disco completo precisava fazer chegar esta informação ao crepúsculo.
“’bora!” disse dirigindo-se à porta. Tentou abrir mas estava trancada. Olhou para o agente que encolheu os ombros. Dirigiu-se para a janela, mas não havia como descer do quinto andar. Escondeu a Mem no soutie num gesto subtil, mas ousado
“é impressão minha ou está muito calor aqui?” disse o agente.
Margarida olhou para o tecto. O gabinete estava ligado ao sistema de ventilação do edifício. Com um grande estrondo a porta do gabinete foi projectada acertando em cheio no agente que estava a poucos centímetros de margarida.
Disparou instintivamente em direcção à entrada. O calor agora transformara-se num gelo ártico. Margarida não pode evitar arrepiar-se. Alguém entrou mas margarida não podia parar de tremer. Mal conseguia respirar. A vista falhava-lhe, os membros, tudo.
“coitada!” disse a voz. “foi pra isto que tivemos tanto trabalho?” Margarida a este ponto estava no chão encolhida. queria gritar, mas não conseguia emitir nenhum som. Não podia evitar reagir à dor que sentia em todo o corpo. Foi num gesto forte que o ser que entrara lhe pegara no pescoço, a levantara do chão com a mao esquerda sem o mínimo de esforço. Margarida foi projectada para o corredor. Pensou que estava morta mesmo antes de morrer...

Wednesday 27 May 2009

MOD Offices - Part I

MOD – Porto 01h03


Fez a curva a toda a velocidade e parou por detrás de um carro comercial. Saiu do carro, premindo o botão da chave para o trancar. Deu uma pequena corrida e reuniu-se com o primeiro agente.
“Segue no interior?” perguntou . O agente confirmou. “Vamos entrar os dois, os outros colegas entraram pela entrada sul simultaneamente.” O agente passou a ordem aos colegas. Margarida retirou o Taser e disse enquanto ajustava o seu patch ocular: “sintonizar no canal 14”. O agente voltou a cumprir a ordem.
A entrada principal estava aberta dado que o edifício tinha vários salões no rés do chão, onde no principal terminava um congresso.
O edifício tinha oito andares, e o suspeito estava no quinto. Subiram juntos pelo elevedador, enquanto os restantes dois agentes subiam pelas escadas.
Margarida não esperou por eles. Eram backups. O acesso do elevedador deixou-os no centro do piso. À frente do acesso uma recepção moderna onde se destacava ‘Ministério da defesa’ na parede, em letras encarnadas, e grandes.
“Vira à esquerda e segue até ao fundo do corredor” orientara Francisco acrescentando: “Segundo a planta do edifício, e os nosso analistas, está no penúltimo gabinete.
Seguiram cautelosos. Estava tudo deserto. Os únicos barulhos de destaque vinham da refrigeração da maquina de refrescos. Colocaram-se em posição. O agente entraria primeiro, deixando margarida para entrar de seguida e verificar os anexos do escritório.
‘3, 2, 1’ gesticulou margarida.


Tuesday 26 May 2009

short briefing

Margarida fizera a rotunda de Mouzinho de Albuquerque com excesso de velocidade. O excesso de cavalos no seu mustang provocava um barulho ensurdecedor. Entrou no estacionamento subterrâneo da casa da música e estacionou no local do costume. Saiu do carro, acompanhada novamente pela mala, telemovel e chaves de casa. Dirigiu-se para a mala do carro e abriu-a. Não havia espaço, pois fora redesenhada. Havia 5 compartimentos principais. Do primeiro retirou um Taser. Era um Taser diferente, altamente modificado. Fechou a mala e dirigiu-se para o elevedador. Dentro premiu ‘zero’ e introduziu a chave de casa ranhura do painel. Foi neste momento que o elevedador abrandou. As luzes apagaram-se e uma voz feminina extremamente articifical pedira a chave de acesso e Margarida respondera
“Chave de acesso Richards-Pereira 0053.”
A voz confirmara a chave e agora com luzes de presença vermelhas o elevedador descia com uma velocidade tremenda.
45 segundos depois as portas abriram para mostrar a cara cansada de Francisco, seu superior e coordenador de crepúsculo. Com a idade as linhas faciais estavam muito marcadas. Não era porque era velho, dado que aparentava mais idade do que tinha.
“Francisco” disse margarida em tom de comprimento, com uma ligeira inclinação com a cabeça, cumprimento que Francisco retribui no mesmo tom.
“Estávamos à tua espera, estamos todos na sala de reunião.” Disse dando um pequeno dossiê a Margarida para acompanhar a reunião.
Assim que entrou na sala, sentou-se no único lugar disponível. A pequena equipa da sede estava presente, menos Thunderclap. A situação não poderia ser tão grave se não o chamaram para o briefing, mas não era a primeira vez que a equipa deixava Margariada (ao seu jeito) transmitir a informação à arma mais valiosa de crepúsculo. Achavam mais fácil assim.
Francisco começara nestes tons:
“Obrigado a todos por aparecerem em tão pouco tempo. Hoje à tarde estivemos a acompanhar o roubo das jóias da coroa holandesa que estavam aqui no porto em exposição durante a visita da família real ao nosso país. A família real está segura, mas não há rasto nem pistas. Portugal está debaixo de fogo pela imprensa européia, e segundo fontes próximas da primeira ministra, a rainha já realizou um ultimato.
À cerca de 35 minutos, alguém tentou penetrar o nosso firewall e fazer o upload de um vírus desconhecido. Os nosso gênios informáticos impediram que o hacker conseguisse levar a melhor, mas minutos depois começou a atacar os mainframes de outras instituições, a maior parte governamentais. Temos informação que o hacker está a trabalhar aqui no porto num edifício do ministério da defesa.
O nosso objectivo é chegar ao hacker antes da PJ e traze-lho para a sede para ser interrogado. Margarida, contamos contigo para fazer a detenção!”
Margarida acenou com a cabeça e virou a página do dossiê que lia a toda a velocidade.
“Como esta situação não envolve um ataque o risco paranormal, o Thunderclap premancerá fora da operação. Temos três agentes a monitorizar as entradas do edifício, e estarão prontos para entrar assim que chegues Margarida. É tudo. Boa sorte!”
Margarida fechara o dossiê e saiu da sala. Não podia perder tempo. “Tens a freqüência do meu carro?” Perguntou a um analista que dissera que sim. Todo o equipamento estava na mala do carro.
Margarida saiu do mesmo modo que entrou.
Assim que chegou ao carro voltou a abrir a mala. Retirara um patch ocular que lhe permitia comunicar-se com Francisco durante a operação e obter informação em tempo real. Retirou uma recarga para o Taser, documentação falsa.
Mal entrou no carro ligou o rádio, mas o rádio na ligara, um portátil surgira por debaixo do assento do passageiro. Margarida abriu, e ligou-o. De seguida ligou o carro e começou a conduzir. Queria conhecer a planta do edifício antes de chegar ao local. Sem prestar grande atenção à estrada, ligou ao Thunderclap, mas ele não atendeu…

Monday 25 May 2009

Enter Margarida

Havia dias em que Margarida não sabia se conseguiria continuar. Entre as funções de agente e de turtora de thunderclap, a vida social quase inexistente e as constantes desculpas que inventava às suas duas companheiras de casa cada vez que o telefone toca,Margarida lentamente estava a enlouquecer.
A água quente do duche ajudava-lhe a pensar e a relaxar. Pensava na última discussão que tivera com thnderclap e o seu fracasso em mostrar-lhe a razão. Mal saiu do duche, tocou o telemóvel – número independente – mostrava o visor. Chamada de trabalho! Uma forma subtil para indicar sem levantar grandes suspeitas a estranhos.
“Pereira.” Disse com voz indifrente.
“Precisamos de ti em cinco minutos! As ameaças de antentado desta tarde acabam de se confirmar.”
Margarida não perdera tempo em pedir detalhes. Desligou o telemóvel e preparou-se o mais depressa possível. Vestiu o fato que tinha posto de parte para a manhã seguinte, deixando de parte o vestido azul que queria ter utilzado para ir beber uns copos com as companheira de casa.
Mala, chaves do carro, e já estava a descer. Enquanto descia inventava uma crise no banco de Portugal que requeria a atenção dela.
O carro de Margarida era o mais cobiçado pelos vizinhos. Um ford mustang 2010 midnight blue. O carro n era comercializado na europa, mas tambem não era tão caro como as pessoas acreditavam que era.
Um café era indispensável para poder continuar nas próximas horas.