Thursday 28 May 2009

MOD Offices part II

Estas situações eram sempre demasiado rápidas e era extremamente fácil perder o controlo de tudo. O agente ainda gritou ‘alto!’ ao entrar. Margarida entrou tão rapidamente que se houvesse alguém armado teria disparado e matado os dois. Ninguém se encontrava no escritório, nem no anexo. Mas o PC estava ligado.
A verdade é que o escritório para além de um PC e do mobiliário do quarto, não apresentava grandes sinais de estar a ser ocupado.
“A quem pertence este gabinete?” Margarida perguntou ao Francisco. “Para além de um PC não tem sinais de ser ocupado.”
Francisco respondeu “até ontem foi ocupado por um tal de Paulo Afonso, promovido a semana passada para braço direito da primeira ministra.”
“hmm... Essa história parece-me estranha. Qual era o papel dele aqui no ministério?” disse Margarida com uma voz céptica, observando tudo o que lhe rodeava.
“Não é claro. Mas já temos um analista a fazer um dossiê sob Paulo e todas as suas actividades e contactos nos últimos anos.” Respondeu Francisco que sussurrava uma ordem a um analista.
Margarida aproximou-se do PC e retirou uma memory drive do bolso do casaco. “vou ligar a drive a fazer uma cópia do disco duro.” Ao tocar no rato havia um programa desconhecido a funcionar. Maximizou mas a janela, mas esta não apresentava informação. Só uma barra de progressão que chegava ao fim e reiniciava. Começou a pesquisar palavras chave que associasse algum ficheiro do PC aos inimigos standard de crepúsculo. Ao introduzir as letras GD, vários ficheiros surgiram.
“Encontrei algo!” informou Margarida que tentou abrir os documentos, mas estavam protegidos com palavra passe.
“Os ficheiros estão encryptados!” depois de vários segundos sem resposta “Francisco!?” disse. Nada. Foi nesse momento que um barulho ensurdecedor obrigou que margarida retirasse o patch que encaixava na orelha esquerda e cobria o olho com uma lente colorida. A de margarida era verde, mas não era cor única.
O monitor sem mais mudou de cor. Margarida retirou a Mem drive. Longe de ter a cópia do disco completo precisava fazer chegar esta informação ao crepúsculo.
“’bora!” disse dirigindo-se à porta. Tentou abrir mas estava trancada. Olhou para o agente que encolheu os ombros. Dirigiu-se para a janela, mas não havia como descer do quinto andar. Escondeu a Mem no soutie num gesto subtil, mas ousado
“é impressão minha ou está muito calor aqui?” disse o agente.
Margarida olhou para o tecto. O gabinete estava ligado ao sistema de ventilação do edifício. Com um grande estrondo a porta do gabinete foi projectada acertando em cheio no agente que estava a poucos centímetros de margarida.
Disparou instintivamente em direcção à entrada. O calor agora transformara-se num gelo ártico. Margarida não pode evitar arrepiar-se. Alguém entrou mas margarida não podia parar de tremer. Mal conseguia respirar. A vista falhava-lhe, os membros, tudo.
“coitada!” disse a voz. “foi pra isto que tivemos tanto trabalho?” Margarida a este ponto estava no chão encolhida. queria gritar, mas não conseguia emitir nenhum som. Não podia evitar reagir à dor que sentia em todo o corpo. Foi num gesto forte que o ser que entrara lhe pegara no pescoço, a levantara do chão com a mao esquerda sem o mínimo de esforço. Margarida foi projectada para o corredor. Pensou que estava morta mesmo antes de morrer...

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