Thursday 4 June 2009

Gonçalo também conduzia um Ford Mustang, carro igual ao de Margarida, exceptuando o facto do carro dele ser Neptune Green, e o seu porta bagagens não conter os mesmos extras. Gonçalo não se preocupou em armar-se. Entrou no carro colocando o dossiê no banco do passageiro. Deu à chave, e arrancou. Detestava o silêncio. Ligou o leitor mp3 do carro e seguiu em direcção da foz do Douro ouvindo Candy de Paolo Nutini. Em poucos minutos estaria no apartamento de Thunderclap.


Crepúsculo 1h25

Francisco regressou à sala de operações. Uma analista que aparentava ter mais idade e mais experiência informou Francisco que não conseguira restabelecer o contacto com a Margarida e a sua equipa. Sem grandes comentários ou observações, Francisco pegara no Telefone da mesa dessa mesma analista e marcara a extensão ‘016’ que correspondia à enfermaria. Atendeu um homem de voz inconfundível. Era o médico residente. O Dr. Costa tinha a virtude de tranqüilizar qualquer paciente com a sua voz. Era quase uma arma.
“Prepare a enfermaria para possíveis feridos. Quatro para ser concreto.”
“Entendido chefe” disse o doutor e desligou.
Com isto Francisco dirigiu-se para o seu gabinete que ficava num nível superior à sala. Era envidraçado e podia observar todos os movimentos da sua equipa pelo seu gabinete. Subiu as escadas, fechou a porta e desapertou o botou superior da camisa. Estava nervoso com o sucedido. Já à muitos meses que não passava nada de grave. Encheu um copo com água e sentou-se por detrás do seu computador onde iria actualizar a progressão da agencia. Servia de relatório para o chefe das forças de segurança. Ele poderia aceder a este relatório a qualquer momento, mas era raro uma chamada dele. Rara a ordem, ou contra-ordem. Ele Confiava plenamente na capacidade desta divisão. Ao fim ao cabo, era bem cara de manter.

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