Sunday 14 June 2009

Quem Não tem azar no trabalho?

Viana do Castelo
1h55
“Filha da Puta!” Dissa Ana Joana. “Que foi?” perguntei inocentemente. “Não tenho sorte nenhuma com o trabalho! Foda-se!” resondeu.
Assustei-me! Não era a primeira vez que a via assim, mas esperava que não tivesse acontecido algo semelhante ao sucedido da semana passada na Galp. Não preciscei de preguntar nada que Ana Joana tratou de explicar o seu dia.
“Fui à Zara como te tinha dito. Eram 11 horas, não estava muita gente, mas as putas, mal entrei, ficaram coladas a olhar pra mim!”
Não sei explicar como, mas conseguia visualizar a cena. Ana Joana na entrada da Zara, as funcionárias a olhar - coladíssimas, e ela a dizer – estas putas já estão a falar de mim.’
Ana continuou, dado que não reparou no meu olhar que a minha mente não estava ali, mas sim no momento em que ocorreram os acontecimentos. “preguntei a uma delas – ‘O Gerente tá?’ – e a vaca teve o descaramento de se rir na minha cara e dizer que estava, mas não me atendia! Olha João, fiquei tão ceguinha, que lhe dei com a força toda. Ficou com a aquela cara toda fodida, mas antes que lhe pudesse acabar com ela os seguranças já me arrastavam para fora da loja. Foda-se, ainda a defender a tipa, já viste?”
“Sim…” Respondi a ver o sucedido… ‘que vegonha’, pensei. Ana Joana mal chegou lá fora disse: “Não tenho sorte nenhuma com o trabalho!” e realmente assim, não tinha mesmo sorte nenhuma.
“Depois do almoço fui à Massimo Dutti” Não queria acreditar que Ana Joana foi a uma entrevista de trabalho com, saltos alto, calças de fato de treino, um casaco de cabedal e o cabelo apanhado num rabo de cavalo, com boné.
A situação fora semelhante. Mal entrou, as funcionárias olharam para ela “ohh a merda… estas putas já estão a falar de mim!” mas Ana Joana estava mais moderada. “Oh tu!” disse levantando a mau “Anda cá”. A funiconária aproximou-se. “O gerente?” Preguntou. A funcionária respondeu simplesmente “O gerente saiu…”. “Mas vai demorar muito? Olha que eu não tenho a vida dele!” Não me surpreende saber que também não encontrou trabalho na Massimo.
Nessa mesma manhã o namorado de Ana Joana pediu-lhe 5€ para o café “Vai Trabalhar!” foi a resposta dela. Um pouco irónica, dado que quem não trabalha é ela.
Voltei àquele local, com ela, mas com a imagem do episódio na minha cabeça. “És muito espcial Ana, mereces o melhor trabalho do mundo!” Disse, levando a boémia à boca.

2 comments:

Álvaro Vila-Chã said...

Fora do contexto talvez?

Ian's Madness! said...

tudo a seu tempo :p
Same time, different location.